É momento de se haver consigo mesmo - Leone da Costa


Autor Leone Da Costa   

 Tudo o que sentimos vem de raízes mais profundas no plano psicoemocional. 


Assim, cortar o mal pela raiz, ou seja, procurar descobrir o âmago dessas sensações é fundamental para sanar sintomas de angustia e sofrimento. 


Sintomas, pois há crenças (mente) que, como um polvo com dezenas de tentáculos, criam vários comportamentos e decretos de sobrevivência (emocional), em cima dos quais nos criamos comportamentos pouco humildes, crendo erroneamente que estamos agindo de forma segura e inteligente, quando na verdade criamos muito mais dores e desespero.


Há dezenas de crenças negativas e limitantes instaladas por nós mesmo inconscientemente no decorrer do tempo, na medida que vamos analisando o mundo ao nosso redor sem o bom senso e pensamento crítico necessário já que viemos à esta vida sem saber de nada; ou seja, geralmente analisamos tudo ainda agarrados aos nossos instintos e de forma equivocada. 


E o fato é que muitas pessoas sofrem com preocupação, estresse, ansiedade e medo.


A timidez tem ligação, por exemplo, com a dependência emocional e o perfeccionismo, os quais emergem do medo irracional de ser rejeitado, uma vez que, na natureza, principalmente quando ainda crianças, ser rejeitado e “abandonado” é análogo à morte.


 Outro sintoma deste medo surgirá dentro dos relacionamentos (românticos ou não), migrados em forma de possessividade e ciúme. 


Temos este medo ainda mais arraigado por estarmos vivenciando uma educação familiar altamente tradicional, a qual nos ensinou que não podemos ser quem somos, ou seremos punidos por nossos pais (de quem dependíamos (passado) para viver ou pela sociedade (da qual não dependemos emocionalmente). 


O problema é que crescemos, somos independentes, e ainda carregamos essas defesas e medos dentro de nós.


Como resultado? Criamos decretos de sobrevivência: tenho que ser perfeito para não ser rejeitado. Tenho que ser bonzinho para não ser abandonado. Tenho que... tenho que... tenho que... essa autocobrança por si só já é o futuro fruto de uma crise de ansiedade generalizada e do estresse agudo. 


Sem dúvida, uma das maiores qualidade da maturidade é se libertar da necessidade de ganhar "colinho" e louros de terceiro para só então se sentir valorizado ou alguém com importância. 


 Somos todos perfeitos e iluminado, temos valor e potenciais inimagináveis. Alguém maduro se banca e se liberta da necessidade de aceitação.


Voltando ao assunto, a ansiedade social pode estar ligada à diversas raízes de crenças negativas, culminando no medo, no desespero, na aceleração cardíaca, sem ele próprio entender o porquê. 


Muitas das razoes pode estar na necessidade de ser perfeito, seja na aparência ou na necessidade de “ter que” agradar todo mundo, tendo como pano de fundo o medo irracional de ser abandado, e também a neurose da dependência emocional. Como defesa a estes medos, seu lado instintivo e irracional desenvolve o decreto de sobrevivendo no qual ele “tem que” agradar a todos, de que ele “tem que” ser o mais bonito, de que ele “tem que” receber atenção de todo mundo; já que ele não sente a si mesmo, e sente-se apenas pela reação dos outros e depende disso para se sentir. Com isso, fica obvio que o resultado seria essa insegurança altíssima, uma vez que não temos o poder e o controle sobre as pessoas! Percebe como somos responsáveis por nossas angustia e que  nós próprios criamos de forma irracional nosso sofrimento?


E quer saber? Toda essa autocobrança absurda é impossível, e como ele não recebe estas coisas, acabada concluindo erroneamente, ou que ninguém gosta dele, ou que ele é uma coisinha ruim, ou que não tem valor algum, enfim.  Isto é, Ele é posto frente ao medo irracional de ser abandonado e julgado, causando-lhe os sintomas que (nós) os animais têm ao se sentirem ameaçado: taquicardia, suor, nervosismo, tremores. Ora, é o corpo humano que, com seu sistema desenvolvido para sobrevivência, estar a preparar o corpo para reagir a uma ameaça. A adrenalina é lançada na corrente sanguínea nesta circunstancia para que o corpo tenha três possíveis reações as quais estão visíveis da natureza: fugir, atacar ou fingir-se de morto. 


Entretanto, note que no mundo moderno, esse sistema de  não é mais tão necessário quanto para aqueles que moravam na idade das cavernas e realmente precisavam desse sistema para lidar com ameaças reais. Hoje, no entanto, as ameaças são muito mais sutis e irracionais, são irreais em muito dos casos, existindo apenas na cabeça da pessoa com a neurose, que enxerga a vida a partir de uma ótica extremamente dramática. 


O fato de estar nervoso meio à pessoas, é um perigo irracional e totalmente irreal. Existem apenas em suas mentes. Pensar em ser julgado é um pavor para esta pessoa, o que denota certa falta de humildade também. Se a humildade fosse cultivada, se esse alguém assimilasse seu real valor e olhasse com mais objetividade para si e para a vida, toda essa angustia se diluiria como um virar de chave.


Note e anote: para todo o mal-estar e sofrimento, há uma tomada de consciência como antidoto; já que o mal estar são indicares de más atitudes e pensamentos desrespeitosos e incoerentes.


As crenças negativas, portanto, geram muita angustia e sofrimento para o neurótico. E todos somos neuróticos em certo nível, como já disse Freud. Todos viemos de uma educação altamente tradicional, já que estamos numa sociedade que nos rotula com papéis e obrigações, que nos condena e que nos rejeita por fatores mais irrelevantes e estúpidos; seja a cor da pele, nível social, cultural, etc. Mas, é nossa obrigação e responsabilidade como adultos buscar o pensamento crítico e passar a peneira nessa mentalidade recheada de crenças negativas e todas as conclusões fatais totalmente errôneas que temos a nosso próprio respeito respeito;rompendo pela raiz a corrente que nos liga com essas convenções sociais desnecessárias e irracionais.


É interessante, mas, na realidade, o ser humano cresce fisicamente, mas, geralmente, emocionalmente não. É como se uma criança existisse dentro de você, e ela está lá. E promover o amadurecimento desse eu-infantil é fundamental para nos tornarmos autônomos, autoconfiantes e consequentemente mais eficazes e maduros perante a vida.


Caso você esteja vivenciando a circunstância descrita neste artigo, começa fazendo isso por pensar o seguinte: o que de pior pode acontecer se um determinado grupo de pessoas não gostar de você? Você vai morrer? Você será destruído? Você vai sucumbir? Não, você não vai! Logo, desobrigue-se. Não há necessidade de se preocupar com medos irracionais. Saia da neurose de que você depende emocionalmente dos outros para ter valor.

  


Leone da Costa:  

Leone Da Costa   
25 anos. Professor. Idealizador do blog Papicher. Leonino.  De tudo que tenho na minha vida; viajar, aprender e livros são minhas paixões! Mais do que isso, poder compartilhar tudo o que eu tenho aprendido até aqui. Também escrevo para o site O Segredo. Apaixonado pela vida., I make myself .
                



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