
Passavam-se as nuvens, as horas; sucediam-se as noite, as manhãs; e dia após dia o sol emergia e despedia-se, vagarosamente, luzindo suas cores.
Entretanto, houve um dia em que ele não mais retornou. E pairava o escuro da noite, que permanecia. E eu estava literalmente sozinho. Eu estava assustado, com medo. O frio doía. Não mirava nitidamente caminho algum. E eu carregava, no entanto, a confiança, mesmo que recalcada dentro do peito. Eu carregava a força dentro de mim, ainda que sublimemente - fé.
Foi quando notei uma estrela brilhar no céu. Quiçá eu não a tivesse visto se estivesse claro. E com ela conversei, e ela me lançava os adornos do seu brilho, os quais faziam meus olhos encantarem-se.
Confidenciei a ela todos os meus sentimentos, e sempre quando eu levantava a cabeça para fitar aquele céu eu não mais sentia medo; mas paz, alegria no peito. E isso me era estranho, novo, diferente.
Apesar do longo período na escuridão da noite, não percebi o tempo passar ao estar com aquela estrela. Mas recordo-me do sol em fim emergindo, lá longe, no horizonte, pouco a pouco, presagiando o fim e o recomeço, e legitimando minha coragem.
Sei que o tempo não pára, e estarei sempre muito consciente sobre esta paixão, pois eu sempre serei grato àquela estrela, pela força que me deu, agora que eu fico de pé sozinho; e, principalmente, pelo amor do qual ela me supriu.
Quem é a sua estrela?
Sobre o Autor:

25 anos. Professor. Idealizador do blog Papicher. Leonino. De tudo que tenho na minha vida; viajar, aprender e livros são minhas paixões! Mais do que isso, poder compartilhar tudo o que eu tenho aprendido até aqui. Também escrevo para o site O Segredo. Apaixonado pela vida., I make myself .
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