É impressionante como o ser humano tem por natureza julgar de maneira ácida seus semelhantes. Apontar o dedo mesmo. Em português claro, sentar em cima do rabo e falar dos outros. São pessoas criticando e difamando sem a ciência de que todos possuem teto de vidro.
Existe uma frase que diz: "você não conhece tudo sobre o passado dos seus pais, o presente do seus irmãos e o futuro dos seus filhos".
Essa frase pode ser muito profunda e reflexiva. Serve para avaliar uma série de possíveis situações. É importante entender que muitas das situações e que muitas da atitudes ou comportamentos condenados por nós, se nunca praticado por nós, pode ter sido por não passar pelas mesmas circunstâncias da Pessoa, e quem sabe, alguém muito próximo de nós ja tenha cometido. Sem que ninguém tenha descoberto.
Não necessariamente isso os torna pessoas ruins ou que o erro deva tomar proporções absurdas na história de vida individual. No entanto, não restam dúvidas de que é preciso ter a compreensão de de que pessoas próximas, muitas vezes admiradas, eventualmente comentaram atitudes condenáveis. Ou irão cometer, como nossos filhos.
Se é impossível saber sobre o passado de pais e tios, é ainda mais difícil sobre a vida de nossos avós, por exemplo. Quem sabe a pessoa que você conheceu recentemente e se apaixonou, teve em seu passado atitudes e comportamentos similares a que você aponta e condena alguém por comete-la no passado ou por ter cometido.
Isso quando nós mesmos ja não agimos de modo parecido em outra circunstância e de forma "conveniente" nos esquecemos, distorcemos ou amenizamos nossas ações, procurando desculpas e justificativas falhas, mas convenientes, para criar a narrativa de que não cometemos erros (não necessariamente erros) similares.
A régua de tolerância com nós mesmo e com nossos próximos, é muito maior do que com o vizinho, por exemplo. Dois pesos, duas medidas.
O julgamento precitado, de modo especulatório, muitas vezes intolerante, é uma faca de dois gumes. Conveniente para ter assunto e se promover. Horrível quando somos nós as vítimas do julgamento. E é dessa maneira que sê crítica tal julgamento, mesmo o fazendo.
Alguém pode dizer que não ha casos assim em sua família. Talvez você só não conheça suficiente a história de seus parentes. Alguns podem pouco se importar. Não muda o fato De pessoas próximas a você terem cometidos tais erros, e possivelmente estarem envolvidos.
Podemos achar que estamos imunes a determinadas situações, que circunstâncias não nos atingirão e seguiremos em uma bolha, aparentemente blindada, mas não é.
Evidente que não se deve subverter ou distorcer o que é certo ou errado. Nem tão pouco perder o senso e noção do que se deve ou não fazer e os exemplos a seguir. O que abordo aqui é o julgamento desenfreado, descabido e sem propósito. A crítica apenas por criticar. Diminuir o próximo para se sentir melhor.
Cobrar dos outros uma postura que não tem.
Sobre o Autor:

Formado em Ciências Contábeis. 29 anos, Resido Ribeirão Preto. Tenho um perfil de textos no Instagram: @textosinceros. Segue lá.
Deixe um Comentário