Crônicas
victor
As pessoas nunca souberam aproveitar bem o tempo, isolam-se em seus mundos (Victor Garcia Preto)
Ultimamente me sinto repetitivo. Parece que estou sempre batendo na mesma tecla. Talvez porque os erros continuam sendo os mesmos. Pessoas estão como paredes. Erram, sofrem, são castigadas por isso, mas nada adianta. Continuam errando. Sempre nos mesmos passos.
Mais do que atos em si, o que os mesmos representam. As atitudes, ou o que deixou de ser feito, tem um peso muito maior a longo prazo e contribuem para a construção de uma vida isolada, lamentando as amizades e oportunidades que perdeu.
Novamente, o tema abordado é o ser humano se fechando em seu mundo, sem conseguir administrar seu tempo, criando uma bolha e seguindo a vida no egocentrismo e egoismo em muitas oportunidades.
Recentemente a atitude de alguns conhecidos me deixou indignado. Por mais que tenham argumentos para justificar o desprezo que tiveram com relação a um caso específico, não ha justifica. Nem o direito de dizer que não tinham dimensão ou noção do que o fato em si representava.
Escrevi isso em outros textos. Esses indivíduos são os mesmo que reclamarão futuramente do desprezo que sofrerão, se esquecendo ou não se importando com o mesmo ato que cometeram.
Observe, que estou argumentando sobre um caso que não ha justificativas, baseada em todas as informações que tenho. São ocasiões que determinadas atitudes não parecem graves, mas são. O tempo só dará maior dimensão do erro, apenas tornará tudo mais desprezível, digno de se lamentar.
Aqueles que parecem não se importar com nada, não devem reclamar da sorte.
O pior é que erros como esse focam as atenções aos que cometeram, dando a impressão de que certas "vítimas" no episódio não cometem em devidas proporções e circunstâncias erros semelhantes. Em outras palavras, o erro de João foi tão evidente, que pode camuflar o fato de José, uma das pessoas com quem João errou, comete erros graves, que deveriam ser corrigidos.
É muito mais fácil reconhecer o que lhe prejudica do que os atos que prejudicam ao próximo. Concluo isso com base inclusive em algumas conversas.
Tive a oportunidade de abordar o tema com alguns amigos e observei o fato desses, até de modo involuntário, não conseguirem enxergar os próprios erros, tendo uma ótica voltada aos erros do próximo, e pouco capaz de auto-análise, até mesmo quando recebem críticas claras quanto às suas atitudes.
As desculpas são bem desenvolvidas, mas há casos em que nem desculpas há. Pode haver situação em que se encontra uma justificativa, porém, essa não é suficiente para eximir a responsabilidade do erro. Cada um acredita no que quiser. Os fatos podem ser distorcidos, interpretados de outra forma, com óticas diferentes. Continuam sendo imutáveis.
O tempo irá passar e com ele o laço de proximidade que unem as pessoas. Todos ficarão cada dia mais sozinhos e isolados em seus mundos. Escolheram esse caminho. Próximo ao inevitável.
Logo o lamento tomará conta das pessoas, das amizades perdidas, do que deixamos para trás e como nunca soubemos aproveitar bem o tempo. Nada mudará se ninguém mudar.
Sobre o Autor:

Formado em Ciências Contábeis. 29 anos, Resido Ribeirão Preto. Tenho um perfil de textos no Instagram: @textosinceros. Segue lá.
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